Tuesday, May 30, 2006

Os Dias da Comuna










Bertold Brecht


Considerando nossa fraqueza os senhores forjaram

Suas leis, para nos escravizarem.

As leis não mais serão respeitadas

Considerando que não queremos mais ser escravos.

Considerando que os senhores nos ameaçam

Com fuzis e com canhões

Nós decidimos: de agora em diante

Temeremos mais a miséria do que a morte.



Consideramos que ficaremos famintos

Se suportarmos que continuem nos roubando

Queremos deixar bem claro que são apenas vidraças

Que nos separam deste bom pão que nos falta.

Considerando que os senhores nos ameaçam

Com fuzis e canhões

Nós decidimos, de agora em diante

Temeremos mais a miséria que a morte.



Considerando que existem grandes mansões

Enquanto os senhores nos deixam sem teto

Nós decidimos: agora nelas nos instalaremos

Porque em nossos buracos não temos mais condições de ficar.

Considerando que os senhores nos ameaçam

Com fuzis e canhões

Nós decidimos, de agora em diante

Temeremos mais a miséria do que a morte.



Considerando que está sobrando carvão

Enquanto nós gelamos de frio por falta de carvão

Nós decidimos que vamos toma-lo

Considerando que ele nos aquecerá

Considerando que os senhores nos ameaçam

Com fuzis e canhões

Nós decidimos, de agora em diante

Temeremos mais a miséria do que a morte.



Considerando que para os senhores não é possível

Nos pagarem um salário justo

Tomaremos nós mesmos as fábricas

Considerando que sem os senhores, tudo será melhor para nós.

Considerando que os senhores nos ameaçam

Com fuzis e canhões

Nós decidimos: de agora em diante

Temeremos mais a miséria que a morte.



Considerando que o que o governo nos promete

Está muito longe de nos inspirar confiança

Nós decidimos tomar o poder

Para podermos levar uma vida melhor.

Considerando: vocês escutam os canhões

Outra linguagem não conseguem compreender

Deveremos então, sim, isso valerá a pena

Apontar os canhões contra os senhores!

Tempos rápidos, pós modernos e utilitarismo





Dizem os cientistas,
vivermos tempos rápidos,
a aceleração da comunicação;
telemática, robótica, cibernética...
nos novos bairros,
tais tempos,
nova arquitetura acompanha,
selva de pedra infinita,
nada se vê além de prédios,
de minúsculas unidades compostos...
de preços inacreditáveis.
Especulação.
Carros, muitos carros,
quase parados...
Tudo o que encanta é efêmero,
consome-se,
descarta-se,

atendendento aos imperativos,
da competitividade dos gigantes,
da sobrevivência servil dos pequenos,
máxima expressão do utilitarismo,
mínima dor e máximo prazer,
come-se sem respirar para trabalhar (mais)
o Sol, não vemos,
em semi-escravo trabalho encerrados,
downsizing,
reengenharias,
nessa era,
vivemos o papel de animais,
sem o freio dos instintos...
para manter o emprego,
para manter a lucratividade,
o Senhor, deveras competente,
demitido,
e a sua família?
Fica o utilitarismo,
E a cidadania?
Nesses tempos rápidos,
nao podemos nos dar ao luxo
a tais supérfluas inquirições,
o tempo, pós moderno,
vivido
aqui e agora, só admite a
Obediência ao
Alienante imperativo,
impiedoso,
do poder,
de quem mais (dinheiro)
acumula

Luciano Corsi

Monday, May 29, 2006

Simplesmente Hermann Hesse ...

"... a enfermidade anímica é, não o capricho de um solitário, mas a enfermidade do próprio tempo, a neurose daquela geração a que pertencia, neurose que não atacava em absoluto os débeis e insegnificantes, mas precisamente os fortes, os mais espirituais, os mais fortes."

Hermann Hesse

Friday, May 26, 2006

Burocracia... Plutocracia



Outrora associada ao
soviético
comunismo
tú, que és
de interpretação vária,
na verdade,
da sociedade,
o gesso,
do indivíduo,
alienação plena,
o capitalismo no qual vivemos é a tua
máxima expressão.
Plutocracia.
uma máquina de mentiras,
fabricar...
de condicionar seres aos teus
difusos,
mas definidos,
interesses, de acumulação,
de total dominação.
Na maioridade do ser humano,
na sua emancipação da
condição de mercadoria
a ser pleno de si mesmo
tu será banida,
e contigo o
capital(ismo)

Luciano Corsi

NOSTALGIA.. SPECTREMAN É ROCK N ROLL !!!!





Spectreman!
Spectreman!

Hear the flash

Like a flame
Faster
Than a plane

A mistery
With the name

Spectreman!
Power
From the space

He'll save
The human race

Yet they'll never
Know the face

Of Spectreman!


We will never know the source
Of his power and his force
As he guides this planet's course

Spectreman!

Spectreman!

AS Sem Razões do amor (Drumont)



AS Sem Razões do amor

Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabe sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque te amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

Wednesday, May 24, 2006

A Missão, filmaço para nossos dias Pós Modernos




O Filme a missão, de 1986 (Palma de ouro Cannes), trata-se da história de uma missão jesuita do século XVI, na fronteira do Brasil, Paraguai e Argentina, baseada em fatos reais.

Destacam-se as terríveis intrigas oriundas das disputas políticas entre a igreja católica, que acredita na emancipação dos índios pelas missões e os evidentes interesses das duas coroas (espanhola e portuguesa)que disputam os recursos naturais e os índios da região.

A truculência do capital, representado pelas citadas coroas, é também marcante, consideram os índiios não humanos e animais, sem maiores preocupações éticas ...

Nesse contexto, Rodrigo Mendozza (De Niro) em crise de consciência por ter matado seu irmão, resolve intergrar uma missão, o Padre principal da Missão (Irons) o covence a sair de uma greve de fome, então ele se torna Padre Missionário.

A missão se mostra muito próspera e desperta interesse dos mercantes portugueses e espanhóis, que acabam por convencer o Bispo a ordenar que a missão se retire daquela área, os índios teriam que voltar para a selva.

Irons, os índios e seus jesuitas resolvem ficar, e uma parte deles, capitaneada por Mendozza, lutar.

Evidentemente os Jesuitas sao derrotados e o final surpreende muito.

Fica a marca indelével da fé inabalável, tanto de Irons, Mendozza e dos índios, que não se deixaram corromper pelo capital.

Fica também a nítida impressão de que, passados quase 5 séculos, muito pouco evoluimos enquanto seres humanos.

Luciano Corsi

Tuesday, May 23, 2006

Iraque, uma Guerra Pós Moderna ...





Rumsfield em acordo com Sadam, 1988. Uma empresa de Rumsfield forneceria matéria prima para as armas químicas que Sadam lançariam contra populações curdas, no mesmo ano, causando comoção internacional.

Business as usual...





Massacre cruel de curdos, 1988

******

2004 - Após 13 anos de covarde embargo econômico, imagem-símbolo da guerra de um lado só, bem como da ética Yanquee ...

Família, Futebol, Brasil, dignidade ...



Família é sintonia, dizem os poetas urbanos, sobreviventes do inferno, para aqueles de mentes tristes, porém fascinadas com as ilusões carnavalescas de um país que luta por seus times de futebol, mas não luta pela sua dignidade.

Ferréz, Reginaldo Ferreira da Silva

Rio Babilônia, um Clássico, por Andrea Ormond




“Rio Babilônia” formou gerações e gerações de adolescentes em fúria, desde sua estréia em 1982. As reprises nas madrugadas de algumas redes de televisão eram comentadíssimas e, nos tempos pré-internet, o tráfico de informações a seu respeito era intenso. As atrizes, as cenas de quase pornô, o sol, a cocaína, o suor e a cerveja estão impregnados no filme que, apesar de cortes sorrateiros – para adocicar o sexo explícito –, era assistido com louvor nas boas casas de família.

Chama a atenção, antes de mais nada, a escolha de Joel Barcellos para galã, atendendo pelo simpático nome de “Marciano”, profissional de uma agência de turismo, encarregado de assessorar os visitantes que chegam ao Rio. Um deles é o Dr. Liberato (Jardel Filho), recém-chegado ao Brasil após muitos anos no exterior. Christiane Torloni é Vera Moreira, a “intrépida-repórter-que-desmascara-poderosos” (sempre havia uma!) e investiga a denúncia de contrabando de ouro praticado pelas fazendas do Dr.Liberato. Este é o triângulo principal de Rio Babilônia, pelo menos no script, porque a ele se somarão dezenas de trauseuntes, em poses espetaculares.

A primeira leva deles é vista numa festa celebrada pela cafetina do high-society, Solange (Norma Bengell). Ali estão políticos (Sergio Mamberti), senhores importantes e capangas de Liberato (um deles, Wilson Grey), antigo conhecido da anfitriã. Contrata-os para, claro, dar fim a Vera, que “excedeu-se” no trabalho detetivesco, contrário aos empreendimentos do escroque. Jardel Filho, em seu último trabalho, nada lembra o tuberculoso de “Floradas na Serra” ou o revolucionário verborrágico de “Terra em Transe”. Em “Rio Babilônia” aparece de cuecas, calças pelos tornozelos, além de, próximo ao término do filme, protagonizar inacreditável cena de amor com um travesti – este, em nu frontal.

A presença do nu em filmes brasileiros não é de se estranhar. Existem muitas formas de tratá-lo e fazê-lo repleto de importância, em expressões artísticas, que, evidentemente, não se restringem ao cinema. O problema é que, ao mesmo tempo, o nu muitas vezes é a garantia de circo na vida do espectador. E latino-americanos são acostumados com tabus sobre a nudez masculina.

Pois em “Rio Babilônia” isto é esquecido. O exemplo mais célebre está no momento em que contracenam Denise Dummont, Pedrinho Aguinaga e Barcellos. Os zooms não deixam dúvidam de que tudo foi levado, digamos, bastante a sério. Confesso que temi pela integridade de Rocky – cãozinho da mansão de Dummont e Aguinaga –, cogitando de o diretor, Neville d’Almeida, levar a ação até as últimas conseqüências.

Neville – pitorescamente grifado “Nevile” ou “Neville”, “de” ou “D’Almeida” nos créditos desatentos que abrem o filme que dirigiu, escreveu e produziu – é antigo conhecido de produções com forte apelo erótico. “A Dama do Lotação’ e “Os Sete Gatinhos”, por exemplo, tornaram-se clássicos, além de ajudarem a popularizar uma pequena parcela da obra de Nelson Rodrigues. “Rio-Babilônia” tem roteiro co-assinado por Ezequiel Neves – co-fundador da revista “Rolling Stone” brasileira – e João Carlos Rodrigues.

Dona Zica, viúva de Cartola, faz uma pequena participação como a mãe do traficante Sabará, a quem recorre Barcellos para comprar mil dólares em cocaína – vulgo “brilho” ou “realce” – pedidos pela atriz internacional que se engraçara com o sambista (Antônio Pitanga), no mar de Copacabana. Vemos também o ex-dançarino dos “Dzi Croquetes”, Paulette; o vocalista da blitz, Evandro Mesquita; o lendário Maurício do Vale; a promoter Liége Monteiro.

O que me deixou um pouco surpresa foi a escolha de um final retumbante, exacerbado, em que a música de fundo destoa da narrativa. Há uma pretensão tola de atribuir a “Rio Babilônia” a qualidade de magnus opus, de concerto no Convent Garden, quando na verdade ele é feito de incursões a favelas, gringos otários, prostitutas, passistas de escola de samba que transam na praia. Destoa e contradiz o filme. Argumentos cínicos não colam: “Rio Babilônia” é esfuziante do jeito que é, bem-humorado e elétrico, conforme indica-se no título. Aliás, sempre bom relembrar o campy “Babilônia Rock”: “Você vai cair de boca, enlouquecer, você tá marcando touca, vem me conhecer... Rio Babilônia, uou uou uou”.

A badalação nas festas de “Rio Babilônia” é intensa; trocas de olhares breves, consumações longas. Favelas, lixo, city tour e algo próximo de uma crítica social. “Ninguém segura a juventude do Brasil” era slogan cantado por Don e Ravel, durante o regime militar. Passados alguns anos, ela estava turbinada, em sonhos megalomaníacos, consumindo doses e doses de uísque e pó, no satirismo próprio de uma cidade e de um cinema que não se levavam a sério e que por isso mesmo, seduziam e encantavam tanto.

Monday, May 22, 2006

Angola, 1997 ...




No novo centro ortopédico da Cruz Vermelha Internacional em Kuito, uma enfermeira ajusta a prótese que irá substituir a perna de um menino, que fora arrancada por uma mina. Angola, 1997

Apesar de ser um dos países mais ricos da África, Angola vive em estado de guerra desde os anos 60. Os refugiados das zonas de guerra lotam as cidades, acampando perto das vias ferroviárias, teatros, escolas ou museus. Segundo algumas estimativas, há um mina por habitante em Angola.

Sunday, May 21, 2006

Alvoradas mais Humanas



Alvorada,
dourada,
alva,
Solar...
Renasce o que dormira, o que ainda dormita...
Cai o espírito, em
Efêmero cativeiro,
Corpo,
Alvorada, traz de volta a concretude
a árida imanência,
as obrigações,
o fardo do Ter que fazer,
traz, também,
amores, apegos, condicionantes.
Limitações.
Alvorada que,
quiçá, um dia,
trará consigo real Humildade.
Vida plena de mim mesmo,
espero, despertar,e,
vislumbrar simplesmente,
da mente ao coração,
a vida,
como,
apesar de sua miraculosa beleza e
singularidade,
apenas mais um
passo,
rumo ao infinito, à
real irmandade,
da humanidade inteira,
em plagas talvez menos agrestes,
menos neoliberais,
mais vivas,
interdependesntes e cônscias
Alvoradas mais Humanas !

Luciano Corsi

Friday, May 19, 2006

Poesia atual ?

A indiferença nada mais é que a incapacidade de perceber as diferenças.
É um estado anormal, no qual perde a nitidez a fronteira entre a luz e a escuridão, a alvorada e o crepúsculo, o crime e o castigo, a crueldade e a compaixão, o talento e a mediocridade.

Sobre o(a) autor(a):
Elizer Wiesel, é um judeu romêno sobrevivente dos campos de concentração nazistas. Wiesel ganhou o Prêmio Nobel pelo conjunto de sua obra literária voltada para resgatar a memória do Holocausto e defender outros grupos vítimas de perseguições.

Competição ?

COMPETIÇÃO?
NÃO VEJO MAIS A TUA FACE,
A NÃO SER COMO ESPELHO...
QUERO APENAS FAZER,
O QUANTO ANTES,
O QUE,
POR POUCO QUE PAREÇA,
CABE-ME,
INTEGRADO AO TODO,
SER EU E
SER TRAGADO,
POR ESTE ÍNFIMO PLANETA,
DEIXAR ACONTECER O QUE
ÀS VEZES A
ESTRUTURA
IMPOSTA,
AUTO-IMPOSTA,
IMPEDE,
REFLETIR E,
MUDAR.
SIMPLESMENTE,

DE RESTO, DE RESTO CABE AO UNIVERSO,
À SUA SABEDORIA,
A MIM CABE O
PELO MENOS,
TENTAR ENCARAR A VERDADE,
A MEU RESPEITO,
A CADA PASSO,
POR PIOR,
OU MELHOR, QUE SEJA,
É MEU ÚNICO PARÂMETRO,
PARA QUIÇÁ,
UM DIA,
CONTAR COMIGO MESMO,
PLENO DE LUZ, CONSCIÊNCIA,
AUTO-DOMÍNIO E
AMOR

Luciano Corsi

A noite ...




A noite
Ato impensado,
Não pensei que faria,
Mas fiz...
recuso-me a julgar...
a mim, a qualquer outro,
Vivo.
Torpor da mente, entrega a um fluxo,
Fluxo da vida,
A noite se parece com a morte,
Inevitável, absorvente, renovadora,
Irresistível,
Nela o bizarro toma forma,
o inconsciente se manifesta,
mascaras caem,
mas mantém ocultos
ainda
desejos,
desejos de transcendência,
de superar,
de nascer de novo, em plena vida,
de aceitar,
de perdoar,a mim mesmo, consegui.
de compreender o infinito fluxo do devir ...
rumo ao desconhecido,
rumo ao eterno
(re)nascimento


Luciano Corsi

Thursday, May 18, 2006

America do Sul, despertando ?






Louvável a atitude equatoriana, de estatizar o seu petróleo, tendo em vista a quebra de contrato por parte da concessionária americana.

Poucos sabem que de USD 100.00 de petróleo extraídos do Equador, 95 vão para o exterior, 2,5 são para pagamento da dívida externa e 2,5 sobram para o governo. EXPLORAÇÃO TOTAL.

****

O presidente do Equador, Alfredo Palacio, enviou tropas militares para ocupar as instalações da companhia de petróleo americana, Occidental Petroleum (Oxy), no país.
O ministro da Defesa, Oswaldo Jarrin, afirmou que os soldados iriam garantir a segurança das instalações enquanto elas são transferidas para o controle estatal.

A decisão foi tomada em meio à escalada da crise com a empresa americana, numa disputa judicial que já se arrasta há seis anos e que ganhou proporções internacionais nos últimos dias.

O governo equatoriano acusa a Oxy de quebra de contrato por ter negociado, indevidamente, 40% de suas ações com a firma canadense EnCana, em 2000.

Na segunda-feira, o Ministério de Energia do país cancelou o contrato de exploração da petrolífera americana.

Em represália, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, suspendeu as negociações para um tratado de livre comércio com o Equador.

Neena Moorjani, porta-voz da Casa Branca, disse que o governo americano estava "decepcionado" com a decisão de enviar soldados para as instalações da Oxy e com a rescisão do contrato.

O governo americano considerou a medida como uma "apreensão" dos ativos da companhia.

Petrobras

O ministro de Energia, Iván Rodríguez, pediu que a Oxy, que começou a operar no país nos anos 90, "devolvesse imediatamente as áreas contratadas, as instalações, os equipamentos e maquinaria para a exploração ou produção do petróleo cru".

A petrolífera diz, no entanto, que "cumpriu" todas as obrigações contratuais e que agora esperava um "acordo amigável".

A Oxy é considerada a principal investidora estrangeira no Equador.

A companhia produz um quinto dos 550 mil barris diários de petróleo cru no país, o que representa 7% das atividades globais da empresa americana.

Rodríguez disse que uma empresa latino-americana – como a venezuelana PDVSA ou a brasileira Petrobras – poderia assumir o lugar da Oxy no país

Tuesday, May 16, 2006

SIMPLESMENTE AMOR




Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine.

Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei.

E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará.

O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará; porque, em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos. Quando, porém, vier o que é perfeito, então, o que é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino. Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.

(1 Cor. 13)

Sem medo !



Sem temer os obstáculos e maldades que surgem de dentro ou de fora, devemos atacá-los e combatê-los, e esta conquista irá fortalecer a nossa fé. Com isso, poderemos ensinar e converter outras pessoas e receber benefícios maiores do que o necessário para erradicar os débitos do passado. Da mesma forma, como o veneno se transforma em remédio, podemos transformar a infelicidade em boa sorte como também evidenciar em nós mesmos a Lei que possibilita o acesso a suprema felicidade. (Makiguti).

Machado de Assis





Pois essa criatura está em toda a obra;
Cresta o seio da flor e corrompe-lhe o fruto;
E é nesse destruir que as suas forças dobra.
Ama de igual amor o poluto e o impoluto;
Começa e recomeça uma perpétua lida,
E sorrindo obedece ao divino estatuto.
Tu dirás que é a morte; eu direi que é a Vida.

Machado de Assis

Sobre Montanhas e Abismos ...




Deus fez abismos para que o homem compreendesse as montanhas.
Zalkind Piatigórsky

Monday, May 15, 2006

Se eu quiser falar com DEUS, Gilberto Gil 1980 (republicando)




Republico essa letra maravilhosa, como diria o genial Ivan Lins, pra sobreviver, sobreviver um tempo pessoal e social (paulista, brasileiro e global) difícil.


Temos que subir aos céus, sem corda pra segurar ...


Valeu Gilberto Gil, a qualidade não morre jamais !!!


*************************

Se eu quiser falar com Deus
Tenho que ficar a sós
Tenho que apagar a luz
Tenho que calar a voz
Tenho que encontrar a paz
Tenho que folgar os nós
Dos sapatos, da gravata
Dos desejos, dos receios
Tenho que esquecer a data
Tenho que perder a conta
Tenho que ter mãos vazias
Ter a alma e o corpo nus
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que aceitar a dor
Tenho que comer o pão
Que o diabo amassou
Tenho que virar um cão
Tenho que lamber o chão
Dos palácios, dos castelos
Suntuosos do meu sonho
Tenho que me ver tristonho
Tenho que me achar medonho
E apesar de um mal tamanho
Alegrar meu coração
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que me aventurar
Tenho que subir aos céus
Sem cordas pra segurar
Tenho que dizer adeus
Dar as costas, caminhar
Decidido, pela estrada
Que ao findar vai dar em nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Do que eu pensava encontrar

Guerra Civil now, apocalipse now...





Toda essa terrível violência, que vitima inúmeros inocentes, dentre os quais bombeiros, civis e policiais, evidentemente que precisa ser combatida e seus responsáveis, punidos.

Contudo, passou o momento de que se atacar as raízes estruturais do medonho problema... a questão social, resumível na seguinte e grotesca sentença:

Brasil, 506 anos de exclusão social.

Exclusão deliberada, premeditada e calculada.

Nada acontece por acaso.

Luciano

Friday, May 12, 2006

Amizade e Confiança ...



Sem palavras ...

A Oração, segundo um grande Mestre





Oração não é pedir. É um anseio da alma. É uma admissão diária das próprias fraquezas. É melhor na oração ter um coração sem palavras do que palavras sem um coração."

Ghandi

Thursday, May 11, 2006

Paciência





Paciência
Hoje descobri que ter paciência é a coisa mais difícil
nesses nossos tempos pós modernos
neo liberais,
Arte (hoje) é resultado
quantificável,
não resta mais,
tempo
para se divagar, viajar no imponderável,
A ARTE COMO HUMANISMO
como arte para todos,
mas nem por isso
vulgar
perseguir o sonho da utopia,
o miserável -
a massa miserável,
já se torna invisível,
pior, nao a sentimos como uma agressão,
a nós mesmos,
nesses tempos,
nao vemos como ilógico
50 milhoes de seres humanos
somente no Brasil
120 (milhoes também)
na América Latina,
2 bilhões (33%)
do total
do MUNDO
como
DELIBERADAMENTE,
jogados à margem (miséria) por um sistema,
o capitalista,
não, ele não tem tempo pra pensar em refugos,
autômato, acrítico em valores qualitativos
humanos
ele na verdade nao pensa,
somente se (re)produz a (si)mesmo
infinitamente, ao infinito,
concentra-se e centraliza-se,
no processo, livra alguns de miserável destino,
comprando a verdade,
impondo a sua,
podemos escolher a nossa,
nas bancas e livrarias,
a verdade agora tem segmentos de mercado...
nichos...
existe algo que possamos fazer para saírmos dessa
arapuca?
Lutas gloriosas em sua coragem,
guerrilhas maravilhosas,
foram engolidas pelo dragão,
Jesus, Gandhi, Buda, lançaram sementes,
sim,
certamente deve ser
em muito menor escala
a nossa inglória tarefa,
plantar sementes,
cultivar o nosso Panglossiano Jardim,
e ter,
infindável, infinita, imorredoura, imperecível,
PACIÊNCIA.

Luciano Corsi (Partisan)

Alienação Brasilis




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Breve e interessante retrato da Alienação, jogo de palavras manipulado e auto-engano à brasileira.

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Eu pessoalmente gostei muito do que fiz com o 'Brazil'. Por outro lado, talvez seja um tanto óbvio demais para ser explicado, ao menos, nas partes óbvias (desculpem-me a redundância). Mas enfim... basicamente, fiz um jogo com as palavras "Ordem e Progresso", contrapondo-as com outras antagônicas e, aos poucos, tentei progressivamente desordenar a ordem e o progresso. O pano de fundo com as cores verde e amarela servem como símbolo da hipocrisia do nosso conceito de pátria, sob as burocráticas letras em verso escritas sobre este.

Progressivamente, perdemos completamente até mesmo nossa linguagem até chegarmos ao conclusivo "ALIENAÇÃO", termo no qual fiz uso do recurso da interpretação múltipla (ou, como gosto de chamar de forma orwelliana, duplipensar!), podendo ser lido como "ALIENAÇÃO", "ALIEN NAÇÃO" e "ALIENA NAÇÃO".

E como bem interpretou também o editor do Verbonauta.com.br, Marcelo Scarabuci, "O Brazil com Z tende a dar errado"..

Recuso-me a dizer mais.

Vlade Voxman