Wednesday, February 22, 2006

Sorria !

A Morte Devagar

Martha Medeiros

Morre lentamente quem não troca de idéias, não troca de discurso, evita as próprias contradições.

Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado. Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru e seu parceiro diário. Muitos não podem comprar um livro ou uma entrada de cinema, mas muitos podem, e ainda assim alienam-se diante de um tubo de imagens que traz informação e entretenimento, mas que não deveria, mesmo com apenas 14 polegadas, ocupar tanto espaço em uma vida.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo.

Morre lentamente quem destrói seu amor-próprio. Pode ser depressão, que é doença séria e requer ajuda profissional. Então fenece a cada dia quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem não trabalha e quem não estuda, e na maioria das vezes isso não é opção e, sim, destino: então um governo omisso pode matar lentamente uma boa parcela da população.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe. Morre muita gente lentamente, e esta é a morte mais ingrata e traiçoeira, pois quando ela se aproxima de verdade, aí já estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo restante. Que amanhã, portanto, demore muito para ser o nosso dia. Já que não podemos evitar um final repentino, que ao menos evitemos a morte em suaves prestações, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar.


Sobre o(a) autor(a):
Martha Medeiros nasceu em Porto Alegre em 1961. Formada em Publicidade. Escreveu livros de poesias e de crônicas, seu mais recente lançamento é o livro de ficção: Divã. Martha é cronista do jornal Zero Hora.

Monday, February 20, 2006

O menino da sua mãe

Fernando Pessoa

No plano abandonado
Que a morna brisa aquece,
De balas trespassado
- Duas, de lado a lado -,
Jaz morto e arrefece.

Raia-lhe a farda o sangue.
De braços estendidos, ele está ainda
Alvo, louro, exangue,
Fita com olhar langue
E cego os céus perdidos

Tão jovem! Que jovem era!
(Agora que idade tem?)
Filho único, a mãe lhe dera
Um nome e mantivera:
"O menino de sua mãe".

Caiu-lhe do bolso
A cigarreira breve.
Dera-lhe a mãe. Está inteira
E boa a cigarreira.
Ele é que já não serve.

Do outro bolso
A brancura embainhada
De um lenço... Deu-lho a criada
Velha que o trouxe ao colo.

Lá longe, em casa, há a prece:
"Que volte cedo, e bem!"
(malhas que a ditadura tece!)
Jaz morto, e apodrece,
O menino de sua mãe.

Sobre o(a) autor(a):
Fernando Pessoa (1888 - 1935) nasceu em Lisboa.
Considerado um dos mais importantes poetas modernistas.
Criou heterônimos famosos como Alberto Caieiro, Ricardo Reis e Álvaro Campos.

Friday, February 17, 2006

Um Dia Transcenderemos a Matéria !

Contemplation

Who will transcend this world? Who will transcend the realm of the dead, and heaven, too, with all its gods? Who will find the true and shinning way of the path?

YOU WILL.

Even as the gatherer of flowers discovers the finest and rarest, so you will gather the teachings and transcend this world.

When you know that the body is merely the foam on the crest of a wave, unreal as a mirage, you will break the flowery arrows of craving. Unseen, you will scape the king of death and travel onward.

The scent of sandalwood, lilies, and jasmine cannot travel against the Wind, but You will travel. The fragance of good works travels is all directions, even to the ends of the earth.

How Brightly the lotus grows in the rubbish by the wayside. Its sweet scent lightens the heart.

So You, the awakened, will shine in the darkness around you, spreading the sweet scent of your wisdom.

Dhammapada
(texto Budista)

Tortura a presos de guerra. ONU Condena, o mundo assiste, a maioria considera natural, ou não acha nada

Enquanto a ONU, através de uma de suas mais altas comissárias, repudia o tratamento dado a presos da guerra do Iraque, bem como a outros supostos terroristas, a grande roda da História continua a rodar, rolam as pedras...

Não caberia à nação mais forte - supostamente a mais desenvolvida - dar-nos o exemplo de conduta no cenário internacional?

A guerra do Iraque, motivada exclusivamente pelo poder temporal - econômico e geopolítico - não seria, "per Se", um ato de singular terrorismo, de extremo paradoxo da pretensa grande vítima do terror ?

Existe na mente dos homens que detém o mencionado poder temporal, em especial aos governantes das potências envolvidas no conflito e aos dirigentes das mega corporações, algo além do materialismo vulgar, de um enorme ego e indisfarsável sentimento de superioridade inata?

Por que o resto do mundo continua a financiar a fanfarra irresponsável do império americano ?

Qual o sentido da vida que vivemos hoje? Trabalhar, comer, malhar, dormir, acumular, procriar, morrer?

Em meio a esoterismos, new ages, tecnologia, tecnocracias, estão os seres humanos se tornando ilhas, fantoches governados por mercadorias, por estratégias de comunicação de massa ?


***

16/02/2006 - 08h59
ONU faz apelo para fechamento de Guantánamo
ROB WATSON
da BBC Brasil, em Londres

A Alta Comissária de Direitos Humanos da ONU, Louise Arbour, disse que acredita não haver alternativas a não ser o fechamento da prisão da Baía de Guantánamo, em Cuba.

Ela disse duvidar que o sistema jurídico dos Estados Unidos possa desfazer os estragos já feitos, com presos detidos por tempo demais.

Ela fez as afirmações em Londres, onde será publicado oficialmente o relatório da ONU sobre o centro de detenção americano, em Cuba.

O relatório pede aos Estados Unidos para fechar Guantánamo e levar os presos a julgamento.

Repúdio às leis

Os autores do relatório também pedem que oficiais americanos com possível envolvimento em torturas sejam processados.

Arbour ressaltou que não pode endossar todas as recomendações dos investigadores da ONU, mas que não via muita alternativa para o fechamento de Guantánamo.

A mais alta funcionária da ONU para defesa de direitos humanos também criticou supostos centros de detenção da CIA e a prática de tranferir prisioneiros para interrogatório em outros países, que seriam um completo repúdio às leis.

Arbour também se mostrou bastante crítica da Grã-Bretanha e de outros países que tentaram fechar acordos que permitissem a deportação de clérigos e de outros extremistas islâmicos para países com histórico de desrespeito a direitos humanos.

Ela se mostrou cética quanto à possibilidade de que tais acordos pudessem garantir que os deportados não fossem ser torturados.

Esta não é a primeira vez que Louise Arbour ataca vários dos pilares legais da guerra contra o terror. No passado, a administração Bush rebateu as críticas dela e acusou Arbour de confiar em notícias de jornal e de fracassar em atacar abusos sérios de direitos humanos ao redor do mundo.



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Thursday, February 16, 2006

2 mundos, outrora 3 ...


Cuba


Ruanda


Ruanda

Poder-se-ia dizer que as fotos acima refletem a democracia, justiça social? Quem são os beneficiários deste estado de coisas ?
Hoje em dia, o que vem a ser liberdade, democracia e justiça, senão abstrações de sonhos distantes, utópicos, que emperrariam a máquina capitalista, sempre ávida por mais e mais...

**** Fotos Sebastião Salgado ****

Estas fotografias contam a história de um tempo. São um trabalho arqueológico visual de uma época conhecida como a Revolução Industrial, quando o trabalho manual de homens e mulheres constituíam o eixo do mundo. Com a reformulação dos conceitos de produção e eficiência, a natureza do trabalho é transformada. O mundo industrializado segue a toda velocidade, tropeçando no próprio futuro. A contração do tempo é o resultado do trabalho de todos no mundo, apesar de beneficiar poucos. O planeta permanece dividido. De um lado o primeiro mundo vive uma crise de excesso. De outro, o terceiro mundo vive uma crise de escassez. No fim do século XX, o segundo mundo, aquele construído sobre alicerces socialistas, está em ruínas.

--Sebastião Salgado

Guerreiro Menino ...





** Fotos por Sebastião Salgado **

Em todas as situações de crise - guerra, miséria ou desastres naturais - as crianças são as maiores vítimas, por serem mais fracas fisicamente e as mais vulneráveis emocionalmente. Mas, às vezes, elas são as mais fortes.

Wednesday, February 08, 2006

A verdadeira dívida externa.

Eu, Guaicaipuro Cautémoc, descendente dos que povoaram a américa há 40 mil anos, vim aqui encontrar os que nos encontraram há apenas 500 anos.

O irmão advogado europeu me explica que aqui toda dívida deve ser paga, ainda que para isso se tenha que vender seres humanos ou países inteiros.

Pois bem! Eu também tenho dívidas a cobrar. Consta no arquivo das Índias Ocidentais que entre os anos de 1503 e 1660, chegaram à Europa 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata vindos da minha terra!... Teria sido um saque? Não acredito. Seria pensar que os irmãos cristãos faltaram a seu sétimo mandamento.

Genocídio?... Não. Eu jamais pensaria que os europeus, como caim, matam e negam o sangue de seu irmão.

Espoliação?... Seria o mesmo que dizer que o capitalismo deslanchou graças à inundação da Europa pelos metais preciosos arrancados de minha terra!

Vamos considerar que esse ouro e essa prata foram o primeiro de muitos empréstimos amigáveis que fizemos à Europa. Achar que não foi isso seria presumir a existência de crimes de guerra, o que me daria o direito de exigir a devolução dos metais e a cobrar indenização por danos e perdas.

Prefiro crer que nós, índios, fizemos um empréstimo a vocês, europeus.

Ao comemorar o quinto centenário desse empréstimo, nos perguntamos se vocês usaram racional e responsavelmente os fundos que lhes adiantamos.

Lamentamos dizer que não.

Vocês dilapidaram esse dinheiro em armadas invencíveis, terceiros reichs e outras formas de extermínio mútuo. E acabaram ocupados pelas tropas da OTAN.

Vocês foram incapazes de acabar com o capital e deixar de depender das matérias primas e da energia barata que arrancam do terceiro mundo.

Esse quadro deplorável corrobora a afirmação de Milton Friedmann, segundo o qual uma economia não pode depender de subsídios.

Por isso, meus senhores da Europa, eu, Guaicaipuro Cautémoc, me sinto obrigado a cobrar o empréstimo que tão generosamente lhes concedemos há 500 anos. E os juros.

É para seu próprio bem.

Não, não vamos cobrar de vocês as taxas de 20 a 30 por cento de juros que vocês impõem ao terceiro mundo.

Queremos apenas a devolução dos metais preciosos, mais 10 por cento sobre 500 anos.

Lamento dizer, mas a dívida européia para conosco, índios, pesa mais que o planeta terra!... E vejam que calculamos isso em ouro e prata. Não consideramos o sangue derramado de nossos ancestrais!

Sei que vocês não têm esse dinheiro, porque não souberam gerar riquezas com nosso generoso empréstimo.

Nas há sempre uma saída: entreguem-nos a Europa inteira, como primeira prestação de sua dívida histórica.

A guerra é Boa ...

A Guerra é Boa
Stephen Crane

Não chore, garota, por causa da guerra. Ela é boa.

Porque seu namorado ergueu o braço para o céu e o assustado corcel desgarrou-se sozinho, não chore. A guerra é boa.

Roucos tambores retumbantes do regimento, pequenas almas com sede de luta.

Estes homens nasceram para treinar e morrer. Inexplicável glória paira sobre eles. Grande é a batalha de Deus, grande é seu reino, onde jazem cadáveres aos milhares.

Não chore, criança, pela guerra. Ela é boa.

Porque seu pai tombou nas pálidas trincheiras, roto em seu peito, golpeado e morto, não chore.
A guerra é boa.

Ágil bandeira flamejante do regimento, águia com penacho vermelho e dourado. Estes homens nasceram para treinar e morrer. Mostre-lhes a virtude do massacre, faça-lhes planejar a excelência do matar, e o campo onde jazem cadáveres aos milhares.

Mãe cujo coração se pendura humilde como um botão sobre o brilho esplêndido da mortalha do filho, não chore.

A guerra é boa.

Sobre o(a) autor(a):
De nacionalidade norte-americana, Stephen Crane morreu antes de ter completado 29 anos. Deixou vários contos, romances, e relatos de guerra. Sua obra mais conhecida é "O Monstro e outros contos".

Monday, February 06, 2006

Confissões de um assassino econômico;Comments by Partizan

Belíssimo livro de um ex adido econômico americano que viaja mundo afora com a missão de democraticamente impor empréstimos impagáveis a países do terceiro mundo, objetivando recrudescer a sua dependência dos EUA.

Ao longo da carreira o lado humanista do autor começa a aflorar, é quando ele começa a sacar as injustiças que ajuda a perpretar; a crise de consciência se torna inevitável e ele esboça deixar a carreira várias vezes, mas teme por sua família, sutilmente ameaçada - é a democracia yankee...

Crescida sua filha, decide então o ex guerreiro ideológico capitalista / imperialista mudar radicalmente de papel, a despeito dos milhoes de dólares que ainda poderia embolçar - escrevendo este livro e montando uma empresa de energia limpa e uma ong de conscientização ambiental; é o lado bom do empreendedorismo quase nato dos industriosos americanos.

Em muitas passagens remete-nos a livro àquela guerra fria nao encontrada nos livros do colégio, o Realpolitik, a política real, pragmática cujo único fim é o poder, buscado com imensa volúpia a acumulação do capital e a expansão de domínios geopolíticos no afã de derrubar o então - e já combalido - império Soviético.

Fica a esperança no Homem, no ser humano, capaz de reconhecer seus erros, apto ao auto-conhecimento, um ser humano que enfim é dotado de sensibilidade e, acima de tudo coragem para mudar radicalmente de rumo das suas atitudes, mesmo quando todo o mundo aplaudiria seu sucesso econômico ao continuar se submetendo ao stablishment; a esperança no ser humano consciente da interdependência que rege o universo e os relacionamentos (também econômicos) dos seres.

É leitura de impacto !

O comnetário está em inglês porque o fizemos para atender a um speech de um curso desse idioma. Enjoy it, hate it ! Comment !!

Hasta muchachos e muchachas !!

Besitos

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In this riveting personal story, John Perkins tells of his own inner journey from willing servant of empire to impassioned advocate for the rights of oppressed people. Covertly recruited by the United States National Security Agency and on the payroll of an international consulting firm, he traveled the world—to Indonesia, Panama, Ecuador, Colombia, Saudi Arabia, Iran and other strategically important countries. His job was to implement policies that promoted the interests of the U.S. corporatocracy (a coalition of government, banks, and corporations) while professing to alleviate poverty—policies that alienated many nations and ultimately led to September 11 and growing anti-Americanism.
Perkins’ story illuminates just how far he and his colleagues—self-described as economic hit men—were willing to go. He explains, for instance, how he helped to implement a secret scheme that funneled billions of Saudi Arabian petrodollars back into the U. S. economy, and that further cemented the intimate relationship between the Islamic fundamentalist House of Saud and a succession of American administrations. Perkins reveals the hidden mechanics of imperial control behind some of the most dramatic events in recent history, such as the fall of the Shah of Iran, the death of Panamanian president Omar Torrijos, and the U.S. invasions of Panama and Iraq.
Confessions of an Economic Hit Man, which many people warned Perkins not to write, exposes the little known inner workings of a system that fosters globalization and leads to the impoverishment of millions of people across the planet. It is a compelling story that also offers hope and a vision for realizing the American dream of a just and compassionate world that will bring us greater security.


This book reveals a game that, according to John Perkins, is "as old as Empire" but has taken on new and terrifying dimensions in an era of globalization. And Perkins should know. For many years he worked for an international consulting firm where his main job was to convince LDCs (less developed countries) around the world to accept multibillion-dollar loans for infrastructure projects and to see to it that most of this money ended up at Halliburton, Bechtel, Brown and Root, and other United States engineering and construction companies. This book, which many people warned Perkins not to write, is a blistering attack on a little-known phenomenon that has had dire consequences on both the victimized countries and the U.S.

Economic Hit Man are highly well paid professionals whose work is to damage thrird-world countries in strokes that amounts to US trillions. By Manipulating financial resources from World Bank, IMF and others, they use these resources to Huge American Corporations, as well as to Half Dozen fortunate and extremely wealthy families that control the planet’s natural resources.

Among its working tools, they have manipulated financial reports, frauded elections, , extortion, sex and murder. All of that in a world context in which nothing less than 24.000 people are dying daily from starvation and hungry related illnesses.

“ That is what we EHMs do best: we build a global empire. We are an elite group of men and women who utilize international financial organizations to foment conditions that make other nations subservient to the corporatocracy running our biggest corporations, our government, and our banks. Like our counterparts in the Mafia, Hems provide favors. These take the form of loans to develop infrastructure —electric generating plants, highways, ports, airports, or industrial parks. A condition of such loans is that engineering and construction companies from our own country must build all these projects. In essence, most of the money never leaves the United States; it is simply transferred from banking offices in Washington to engineering offices in New York, Houston, or San Francisco”
“ Despite the fact that the money is returned almost immediately to corporations that are members of the corporatocracy (the creditor), the recipient country is required to pay it all back, principal plus interest. If an EHM is completely successful, the loans are so large that the debtor is forced to default on its payments after a few years. When this happens, then like the Mafia we demand our pound of flesh. This often includes one or more of the following: control over United Nations votes, the installation of military bases, or access to precious resources such as oil or the Panama Canal. Of course, the debtor still owes us the money—and another country is added to our global empire” - the country authonomy in then allienated.
THE only criterion used to approve such huge loans was Economic Growth itself simply, no matter how it would benefit the majority of population and, above of all, not a single worry for the poor, no social benefit policy. The whole project was to, like in the middle ages merchants, explore poor countries till theirs exhaustion and complete dependence on USA economy.

For instance, if one decision of investing USD 1 billion to one country with the aim of persuading it not to ally with Soviet Union, the Economic Hit main mission was to compare which kind of investment would led to the greatest economic growth, investments such as railway, telecommunication systems, electricity projects, etc. It would depend on me to forecast if that investment would cause an economic growth intense enough to justify that loan.


EHM’s were, and still are, educated in the traditional materialist and pragmatic American philosophy – great focus on practical results and no care for culture, history, arts and geography. This book’s author, after graduating in business administration in Boston, thought Ecuador was located somewhere in Africa…Nevertheless he was being paid very sophisticated macroeconomic and econometrics courses.

The huge loans were based purely on deliberately manipulated econometric statistics. The real needs of the country for, lets say, electricity, telecommunications infrastructure, etc, were extremely over evaluated, something like 3 to 6 times the real need, sometimes the need were over evaluated in more than 10 times, like the sanitarian system installed in Saudi Arabia.

In this way, the biggest the loan, the best for the EHM’s, as well as for the plastic-culture consumption American Imperialism.
The very evident fact that the debit (and its huge out of market interest rates) weight was to be put on the increasingly poor population shoulders …

Such a situation would for sure, and the irrefutable Historic facts has given us cabal proofs, deprive poor citizen (the majority as usual) from healthy services, education, sanitary services, potable water services, and, in extreme cases – like ours, Brazilians, from very basic needed diets for our more than 20 million indigents for decades. That unimportant details was never taken into consideration by the extremely sophisticated (and manipulated) econometric systems developed by the EHM’s with the help of some of the best mathematicians in the world, recruited form India, Russia, Saudi Arabia, etc.

Nowadays we can clearly notice that the simply economic growth based on IGP is of a very deceiving nature, when we consider the benefit for the majority of population, mainly its mostly needy parts. For instance, the (IGP) growth can occur even when half dozen of very privileged and politically influent families are in fact benefited from it.

The payment for the loans, principal plus interest, is almost totally supported by the majority of poor population, that besides the lack of basic services above commented, are, in its greatest part, submitted to near-slave working conditions, with very low income, as well as sub employment and an increasing unemployment rate that has nothing to do with population growth, but with an very smart strategic of creating and ever last reserve of manpower available for any kind of salary or even for food…

One of the most evident results is what we can see nowadays in Brazil: An immense income concentration in the hand of very feel, 20 millions of indigents and 50 living under poverty conditions. We see our companies and Brazilian business people saying Amen to everything that comes from abroad, mainly from USA, an elite devoted to foreign investors (or speculators?) whose only care is to explore both our natural resources and manpower until its exhaustion to, (very) soon afterwards, go away and find another place full of such resources to explore again. Talking about social responsibility in such a state sounds like a joke!


The Philosophy…
The market and its merchandises are then considered like God, ends on it selves…
Paraphrasing Karl Marx, when we come to such a state of things, human beings become merchandise, and in its turn merchandise become alive beings that control our minds, hearts and souls. Even the richest are controlled by the greed of accumulating more and more, only the awakened are realizing this and they are day by day being persuaded by this huge industry to give up on thinking a new world, in which human being retake its natural place of center of creation. The media system (magazines, journals, TV, radio, etc), had already, unfortunately, being swallowed by the corporotocracy and had become a formidable propaganda machine for the system. No hope for it until it is controlled by the people democratically.

Money and power Fundamentalism

“All the well succeed capitalists systems involves hierarchs with rigid command chains, including very feel people, that from the top controls a system of decreasing power distribution. An immense mass of workers in the base, with a great number making the reserve army, all economically slaves. As a last analysis, then, I have convinced myself that we encourage this system because the corporotocracy had once convinced us that God has given us (USA) the right to put only those few people in the top of the pyramid and to export this model to the whole world.
Nearly every country we EHMs have brought under the global empire’s umbrella has suffered economic ruin. Third world debt has grown to more than $2.5 trillion, and the cost of servicing it—over $375 billion per year as of 2004—is more than all third world spending on health and education, and twenty times what developing countries receive annually in foreign aid. Over half the people in the world survive on less than two dollars per day, which is roughly the same amount they received in the early 1970s. Meanwhile, the top 1 percent of third world households accounts for 70 to 90 percent of all private financial wealth and real estate ownership in their country; the actual percentage depends on the specific country.

The capitalism tendency was and continues being the main cause for the majority of wars, pollution, hunger, species extinction and genocide. This was also part of the Soviet Union Empire. It has always charged a very high price from the conscience and welfare of its citizens, leading to social malefaction and resulting in a situation in which the most reach cultures of the History is devastated with the highest levels of suicide, drugs use and violence.

The subtlety of this modern empire building puts the Roman centurions, the Spanish conquistadors, and the eighteenth- and nineteenth-century European colonial powers to shame. We EHMs are crafty; we learned from history. Today we do not carry swords. We do not wear armor or clothes that set us apart. In countries like Ecuador, Nigeria, and Indonesia, we dress like local schoolteachers and shop owners. In Washington and Paris, we look like government bureaucrats and bankers. We appear humble, normal. We visit project sites and stroll through impoverished villages. We profess altruism, talk with local papers about the wonderful humanitarian things we are doing. We cover the conference tables of government committees with our spreadsheets and financial projections, and we lecture at the Harvard Business School about the miracles of macroeconomics. We are on the record, in the open. Or so we portray ourselves and so are we accepted. It is how the system works. We seldom resort to anything illegal because the system itself is built on subterfuge, and the system is by definition legitimate.
However—and this is a very large caveat—if we fail, an even more sinister breed steps in, ones we EHMs refer to as the jackals, men who trace their heritage directly to those earlier empires. The jackals are always there, lurking in the shadows. When they emerge, heads of state are overthrown or die in violent “accidents.”10 And if by chance the jackals fail, as they failed in Afghanistan and Iraq, then the old models resurface. When the jackals fail, young Americans are sent in to kill and to die.

The Ecuador’s case:

Because of EHM projects, Ecuador is awash in foreign debt and must devote an inordinate share of its national budget to paying this off, instead of using its capital to help the millions of its citizens officially classified as dangerously impoverished. The only way Ecuador can buy down its foreign obligations is by selling its rain forests to the oil companies. Indeed, one of the reasons the EHMs set their sights on Ecuador in the first place was because the sea of oil beneath its Amazon region is believed to rival the oil fields of the Middle East.8 The global empire demands its pound of flesh in the form of oil concessions.
Ecuador is typical of countries around the world that EHMs have brought into the economic-political fold. For every $100 of crude taken out of the Ecuadorian rain forests, the oil companies receive $75. Of the remaining $25, three-quarters must go to paying off the foreign debt. Most of the remainder covers military and other government expenses—which leaves about $2.50 for health, education, and programs aimed at helping the poor.9 Thus, out of every $100 worth of oil torn from the Amazon, less than $3 goes to the people who need the money most, those whose lives have been so adversely impacted by the dams, the drilling, and the pipelines, and who are dying from lack of edible food and potable water.
The second world’s biggest Terrorist (after USA)
All of those people—millions in Ecuador, billions around the planet—are potential terrorists. Not because they believe in communism or anarchism or are intrinsically evil, but simply because they are desperate. Looking at this dam, I wondered—as I have so often in so many places around the world—when these people would take action, like the Americans against England in the 1770s or Latin Americans against Spain in the early 1800s.

Countries in Latin America with Presidents assassinated by CIA:

Brazil: Juscelino Kubicheck; Humberto Alencar Castelo Branco
Reason: Progressive presidents, USA was afraid Brazil to become a new Japan and then another threat to its empire;

Chile: Salvador Allende
After Allende’s election, with the project of nationalizing Chilean copper mines, the American investors, with almost 80% Chilean copper in their hands sold all this commodity, putting the price in extremely low basis, this caused the military stroke.
Allende was also an Soviet Union ally and wanted to bring socialism to Latin America, an extremely important military territory to USA.

Panama: General Omar Torrijos, another progressive president, with humanist Jimmy Carter USA President, retook Panama Canal to Panama possession. This caused a very great revenge desire in republic part and, as soon as Ronald Reagan was elected, a great pressure over Torrijos renegotiate the possession was made by the EHMs. Torrijos had already stared plan to make the canal improvement engineering projects with Japanese companies, the best in the world in this are. This would cause great losses to American Engineering companies and CIA did not want the access to the canal. The action taken was to kill the president in a sabotaged airplane (bombs installed in the motor). The man put by CIA to be the president – Manuel Noriega
Noriega started an extremely repressive movement and took control of the situation. Although he never gave up the idea of an independent canal and an independent Panama. Noriega restarted the negotiation with Japanese companies and gave a period to US troops live the country and take off military training. As a result, in 1989 USA attacked Panama, the worlds greatest bombing after 2º World War, mainly over civilians.

- Ecuador: President Jaime Roldós, progressive man, humanist, just wanted Ecuador Oil back to Ecuador and its income for more than urgent social program, as well as internal economic increase, nothing about communism.

- Costa Rica
Dictatorships sponsored by USA:
All countries in Latin America, Iran, Indonesia, Saudi Arabia, Indochina, South Vietnam, South Korea.

Thursday, February 02, 2006

Internacionalização da Amazônia

No texto abaixo, Cristóvão Buarque fala brilhantemente sobre a postura no mínimo ambígua dos países ricos com relação à Amazônia. Se se propõe internacionalizar a amazônia, por que nao se internacionalizar todo o patrimônio cultural da humanidade, inclusive o dos países ricos. Dos países ricos ?? Ah, não, o deles jamais, eles sao civilizados, até demais, pela civilização que propoõe perpretam atos de grande bravura, como bombardeios e invasões a países sem o menor poder de reação...

Bonzinhos, dão comida em troca de petróleo.

Vale a pena ler o texto abaixo. É belíssimo.

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Internacionalização da Amazônia
Cristóvam Buarque


Resposta de Cristóvam Buarque -

Em um debate numa Universidade americana, Cristóvam Buarque, ex-governador de Brasília, foi perguntado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.
Quem perguntou disse que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Esta foi a resposta de Cristóvam Buarque:

"Como brasileiro eu simplesmente falaria contra a
internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.
Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.
Se sob uma ética humanista, a amazônia deve ser
internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro.
Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço.
Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.
Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar que esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país.
Neste momento, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos Estados Unidos. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza especifica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.
Se os Estados Unidos querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos Estados Unidos. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil. Nos seus debates, os candidatos a presidência dos Estados Unidos em defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do mundo tenha possibilidade de comer e de ir a escola. Internacionalizemos as crianças tratando todas elas como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro, ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, ou que morram quando deveriam viver.
Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa!"


Sobre o(a) autor(a):
Senador, ex-Ministro da Educação e ex-governador do Distrito Federal (PT). Criou o programa Bolsa-Escola. Escreveu 18 livros sobre temas de economia, educação, sociologia e história. Ex-reitor da Universidade de Brasília. Nasceu em Recife.

Wednesday, February 01, 2006

Eu (alma) x Ego, por Osho

Muito legal para quem se interessa em auto-conhecimento !

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Você sabe quem é, do que precisa e como deve agir para alcançar a felicidade?
Quem ainda não se fez estas perguntas, está perdendo um tempo precioso, pois quanto mais cedo nos questionarmos acerca de nossa verdadeira identidade, mais perto chegaremos da tão sonhada paz.

Para saber quem somos de fato, devemos começar a questionar até que ponto estamos vivendo em sintonia com o desejo de nossa alma, ou se estamos apenas seguindo uma trilha que outros traçaram para nós.

É fato que muito poucas pessoas são incentivadas desde a infância e seguir apenas o seu coração. A maioria de nós acaba assimilando valores e crenças que nos são passadas pelo grupo familiar e mais tarde pelos grupos sociais nos quais nos inserimos e segue pela vida confiando que desse modo será feliz.

Ocorre que, muitas vezes, há uma falta de sintonia entre o que nos ensinaram ser o melhor e aquilo que de fato precisamos. Esta dissonância se manifesta como um sentimento vago de insatisfação e vazio, que procuramos preencher das formas mais variadas.

Entretanto, quando este sentimento se manifesta é porque estamos vivendo na contramão de nossa alma. Todos nós temos um caminho a percorrer na jornada rumo ao crescimento e à evolução de nosso espírito.

Porém, muitos permanecem totalmente inconscientes acerca desta rota ao longo da vida, outros sentem uma vaga intuição a respeito do que deveriam fazer, mas preferem seguir acomodados no já conhecido, ao invés de arriscar-se num novo caminho.

Mas não existe saída a não ser no autoconhecimento para que alcancemos equilíbrio e serenidade. Devemos utilizar todas as ferramentas hoje disponíveis para iniciar este processo, e elas não são poucas.

O fundamental é vencermos a resistência imposta por nosso eu negativo, aquele que tenta o tempo todo nos manter prisioneiros da inconsciência, através de uma vida massificada, onde seguimos apenas a trilha que nos foi imposta. Recusar esse caminho é o nosso desafio.

"... Você tem dois centros. Um centro com o qual você vem, que lhe é dado pela própria existência. Esse é o eu. E o outro centro, que é criado pela sociedade - o ego. Esse é algo falso - é um grande truque. Através do ego a sociedade está controlando você. Você tem que se comportar de uma certa maneira, porque somente assim a sociedade irá apreciá-lo.
... Tente entendê-lo o mais profundamente possível, porque ele tem que ser jogado fora. E a não ser que você o jogue fora, nunca será capaz de alcançar o eu. Por estar viciado no falso centro, você não pode se mover, e você não pode olhar para o eu.
... Temos que passar através do caos antes de atingir o centro verdadeiro. E se você for ousado, o período será curto. Se você for medroso e novamente cair no ego, e novamente começar a ajeitá-lo, então, o período pode ser muito, muito longo; muitas vidas podem ser desperdiçadas...
... Mas se você for corajoso e não voltar para trás, se você não voltar a cair no ego, mas for sempre em frente, existe um centro oculto dentro de você, um centro que você tem carregado por muitas vidas. Esse centro é a sua alma, o eu.
... O ego é o inferno. Sempre que você estiver sofrendo, tente simplesmente observar e analisar, e você descobrirá que, em algum lugar, o ego é a causa do sofrimento.
... E assim as pessoas se tornam dependentes, umas das outras. É uma profunda escravidão. O ego tem que ser um escravo. Ele depende dos outros. E somente uma pessoa que não tenha ego é, pela primeira vez, um mestre; ele deixa de ser um escravo.
Tente entender isso. E comece a procurar o ego - não nos outros, isso não é da sua conta, mas em você. Toda vez que se sentir infeliz, imediatamente feche os olhos e tente descobrir de onde a infelicidade está vindo, e você sempre descobrirá que o falso centro entrou em choque com alguém.
Você esperava algo e isso não aconteceu. Você espera algo e justamente o contrário aconteceu - seu ego fica estremecido, você fica infeliz. Simplesmente olhe, sempre que estiver infeliz, tente descobrir a razão.
As causas não estão fora de você.
A causa básica está dentro de você - mas você sempre olha para fora, você sempre pergunta: 'Quem está me tornando infeliz'? 'Quem está causando a minha raiva'? 'Quem está causando a minha angústia'?
Se você olhar para fora, você não perceberá. Simplesmente feche os olhos e sempre olhe para dentro. A origem de toda a infelicidade, da raiva e da angústia, está oculta dentro de você, é o seu ego.
... Todo o caminho em direção ao divino, ao supremo, tem que passar através desse território do ego. O falso tem que ser entendido como falso. A origem da miséria tem que ser entendida como a origem da miséria - então ela simplesmente desaparece.
... É difícil ver o próprio ego. É muito fácil ver o ego nos outros. Mas esse não é o ponto, você não os pode ajudar.
Tente ver o seu próprio ego. Simplesmente o observe.
Não tenha pressa em abandoná-lo, simplesmente o observe. Quanto mais você observa, mais capaz você se torna. De repente, um dia, você simplesmente percebe que ele desapareceu. E quando ele desaparece por si mesmo, somente então ele realmente desaparece. Porque não existe outra maneira. Você não pode abandoná-lo antes do tempo. Ele cai exatamente como uma folha seca.
Quando você tiver amadurecido através da compreensão, da consciência, e tiver sentido com totalidade que o ego é a causa de toda a sua infelicidade, um dia você simplesmente vê a folha seca caindo... e então o verdadeiro centro surge.
E esse centro verdadeiro é a alma, o eu, o deus, a verdade, ou como quiser chamá-lo"...
OSHO, Além das Fronteiras da Mente.

Shinyashiki não corporativo !!

A revista Isto É da semana passada publicou esta excelente entrevista
de Camilo Vannuchi. O entrevistado é Roberto Shinyashiki, médico
psiquiatra, com Pós-Graduação em administração de empresas pela USP,
consultor organizacional e conferencista de renome nacional e
internacional. Uma das perguntas e uma das respostas veja a seguir e
medite.

ISTOÉ -- Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus?

Shinyashiki -- A sociedade quer definir o que é certo. São quatro
Loucuras da sociedade. A primeira é instituir que todos têm de ter
sucesso, como se ele não tivesse significados individuais. A segunda
loucura é: Você tem de estar feliz todos os dias. A terceira é: Você
tem que comprar tudo o que puder. O resultado é esse consumismo
absurdo. Por fim, a quarta loucura:
Você tem de fazer as coisas do jeito certo . Jeito certo não existe.
Não há um caminho único para se fazer as coisas. As metas são
interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade. Felicidade não
é uma meta, mas um estado de espírito. Tem gente que diz que não será
feliz enquanto não casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente
por causa do casamento.
Você pode ser feliz tomando sorvete,ficando em casa com a família ou amigos
verdadeiros, levando os filhos para brincar ou indo a praia ou ao
cinema.
Quando era recém-formado em São Paulo, trabalhei em um hospital de
pacientes terminais. Todos os dias morriam nove
u dez pacientes. Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte.
A maior parte pega o médico pela camisa e diz: "Doutor, não me deixe
morrer. Eu me sacrifiquei a vida inteira, agora eu quero aproveitá-la e ser
feliz".
Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada. Ali eu aprendi que a
felicidade é feita de coisas pequenas.
Ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o
dinheiro em imóveis ou ações, mas sim de ter esperado muito tempo ou
perdido várias oportunidades para aproveitar a vida.

Se eu quiser falar com DEUS, Gilberto Gil 1980

Se eu quiser falar com Deus
Tenho que ficar a sós
Tenho que apagar a luz
Tenho que calar a voz
Tenho que encontrar a paz
Tenho que folgar os nós
Dos sapatos, da gravata
Dos desejos, dos receios
Tenho que esquecer a data
Tenho que perder a conta
Tenho que ter mãos vazias
Ter a alma e o corpo nus
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que aceitar a dor
Tenho que comer o pão
Que o diabo amassou
Tenho que virar um cão
Tenho que lamber o chão
Dos palácios, dos castelos
Suntuosos do meu sonho
Tenho que me ver tristonho
Tenho que me achar medonho
E apesar de um mal tamanho
Alegrar meu coração
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que me aventurar
Tenho que subir aos céus
Sem cordas pra segurar
Tenho que dizer adeus
Dar as costas, caminhar
Decidido, pela estrada
Que ao findar vai dar em nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Do que eu pensava encontrar

Para Assemelhar-nos a DEUS

"Somos semelhantes a animais quando matamos. Somos semelhantes a homens quando julgamos. Somos semelhantes a Deus quando perdoamos."