Enquanto a ONU, através de uma de suas mais altas comissárias, repudia o tratamento dado a presos da guerra do Iraque, bem como a outros supostos terroristas, a grande roda da História continua a rodar, rolam as pedras...
Não caberia à nação mais forte - supostamente a mais desenvolvida - dar-nos o exemplo de conduta no cenário internacional?
A guerra do Iraque, motivada exclusivamente pelo poder temporal - econômico e geopolítico - não seria, "per Se", um ato de singular terrorismo, de extremo paradoxo da pretensa grande vítima do terror ?
Existe na mente dos homens que detém o mencionado poder temporal, em especial aos governantes das potências envolvidas no conflito e aos dirigentes das mega corporações, algo além do materialismo vulgar, de um enorme ego e indisfarsável sentimento de superioridade inata?
Por que o resto do mundo continua a financiar a fanfarra irresponsável do império americano ?
Qual o sentido da vida que vivemos hoje? Trabalhar, comer, malhar, dormir, acumular, procriar, morrer?
Em meio a esoterismos, new ages, tecnologia, tecnocracias, estão os seres humanos se tornando ilhas, fantoches governados por mercadorias, por estratégias de comunicação de massa ?
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16/02/2006 - 08h59
ONU faz apelo para fechamento de Guantánamo
ROB WATSON
da BBC Brasil, em Londres
A Alta Comissária de Direitos Humanos da ONU, Louise Arbour, disse que acredita não haver alternativas a não ser o fechamento da prisão da Baía de Guantánamo, em Cuba.
Ela disse duvidar que o sistema jurídico dos Estados Unidos possa desfazer os estragos já feitos, com presos detidos por tempo demais.
Ela fez as afirmações em Londres, onde será publicado oficialmente o relatório da ONU sobre o centro de detenção americano, em Cuba.
O relatório pede aos Estados Unidos para fechar Guantánamo e levar os presos a julgamento.
Repúdio às leis
Os autores do relatório também pedem que oficiais americanos com possível envolvimento em torturas sejam processados.
Arbour ressaltou que não pode endossar todas as recomendações dos investigadores da ONU, mas que não via muita alternativa para o fechamento de Guantánamo.
A mais alta funcionária da ONU para defesa de direitos humanos também criticou supostos centros de detenção da CIA e a prática de tranferir prisioneiros para interrogatório em outros países, que seriam um completo repúdio às leis.
Arbour também se mostrou bastante crítica da Grã-Bretanha e de outros países que tentaram fechar acordos que permitissem a deportação de clérigos e de outros extremistas islâmicos para países com histórico de desrespeito a direitos humanos.
Ela se mostrou cética quanto à possibilidade de que tais acordos pudessem garantir que os deportados não fossem ser torturados.
Esta não é a primeira vez que Louise Arbour ataca vários dos pilares legais da guerra contra o terror. No passado, a administração Bush rebateu as críticas dela e acusou Arbour de confiar em notícias de jornal e de fracassar em atacar abusos sérios de direitos humanos ao redor do mundo.
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