


Futebol, régia arte popular;
Com indisível e intraduzível magia
conquistaste, praticamente,
a todos.
Ah, meu tempo de moleque, das inesquecíveis peladas,
no campinho de terra, na mais inglória posição
goleiro...
atuava este escrivinhador... voltava pra casa
coberto de lama pra depois ser coberto de
maternal palavrório e
eventualmente
sova materna (doía)
Depois conheci um estádio
Morumbi, morumba,
indizível sentimento advinha da
relativa proximidade física dos craques
no Canindé ficava pertinho,
os lances de efeito, os craques tricolores e
Brasileiros,
Celeiro Eterno,
é pra deixar qualquer torcedor com o coração na mão,
as decisões,
do paulistão,
brasileirão,
libertadores e mundial,
Contudo, nesse mundo, pra
quase tudo porem
há...
e nesse caso, a volúpia
insaciável,
irrefreável, incomensurável
do capital, me dei conta,
abocanhava, também nossos craques,
ia divertir a garotada que nasceu melhor,
no velho mundo,
lá, maiores dividendos renderia,
mas ainda nao deixei de me entusiasmar com a
eterna renovação dos craques brazucas,
Tudo mudou depois de 1998 e 2006, duas seleções,
times finalistas,
não se esfoçam em honra de uma nação,
mesmo que ainda
MENTAL
colônia,
Futebol, outrora arte espontânea,
bela em si mesma, contagiante,
transforma-te em mais um
tentáculo, da mega-estrutura
opressora
do capital.
Não, isso , não,
o povo sofrido, craques-garotos-propaganda,
deixaram de comer pra ver vocês, pra
simplórias camisetas comprar,
não,
eles não merecem, nem
a minha inteligência,
não embotada pela
capitalista máquina de propaganda.
Não,
dói demais dizê-lo, mas agora é pra sempre
ADEUS FUTEBOL !
Luciano Corsi Partisan
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